BRISBANE – Choque cultural 4 – 07/04/2012


  



Sábado passado, final de semana de páscoa, feriado, fui a Brisbane, capital do meu estado, Queensland, terceira cidade mais populosa da Austrália, 2,1milhões de habitantes (fora a penca de turistas e estudantes, grande parte brasileiros). 

Sensacional! Me surpreendeu a beleza da cidade. Obviamente, a pé, pouco pude conhecer da cidade em si, mas a “city”, que eles consideram a parte central, foi muito bem explorada. Dividida pelo rio Brisbane, têm paisagens urbanas maravilhosas, um contraste arquitetônico muito interessante, construções antigas, mas nada velhas, preservadíssimas, se misturam com o que há de mais moderno nas tendências atuais. A limpeza e organização são exemplares. A cidade tem marcos sensacionais, pontes, museus, bibliotecas, praias artificiais... sim, as praias artificiais, que inevitavelmente muita gente compara com o piscinão de ramos. A intenção pode até ser parecida, mas o resultado não se compara. Um parque, na beira do Rio Brisbane, no meio da “city”, com um parque-aquático aberto e praias artificias. No sábado que estive lá estava lotada, tem a parte infantil, e duas praias artificiais. Não existe farofa, não existe sujeira, não existe bagunça, mas provavelmente o fato de não ser permitido beber em local público ajuda nessa questão. 

Continuando o passeio em torno do Rio existe uma via para pedestres paralela a outra para ciclistas. No caminho muitos lagartos vivem tranquilamente entre os humanos invasores, um enorme paredão rochoso (natural) onde muitos fazem escalada, várias churrasqueiras (todas ocupadas) e muita atividade. O pessoal realmente aproveita a infraestrutura que a cidade oferece, mas usa, limpa, e deixa tudo organizado pro próximo... é, na grande maioria das vezes. Não tem lixo no chão, em lugar nenhum. Na cidade você pode usar trem, ônibus, taxi, balsa e até bicicletas públicas, mas eu só andei a pé mesmo rs.
Depois do grande tour, uma pausa para uma “breja” no apartamento do conterrâneo joseense Rodrigo Santoro, que vive por lá há uns 3 meses. Detalhe, cerveja aqui não é barata, um fardo de 6 longnecks é em torno de $20 (R$40). “Ah então vamo tomá cachaça memo!” Vai nessa, a Ypióca® custa $58 (R$ 120)... a smirnoff uns $50 (R$100)... barato aqui é beber vinho, ou ficar ligado nas promoções, rs.





Cai a noite, vamos para a boemia. Em Brisbane a boemia é bem centralizada, quase todas as baladas ficam espalhadas por uma esquina de 3 ruas e um calçadão. Nesse calçadão uma bateria de bares e baladinhas de todos os estilos. A maioria dos lugares não se paga pra entrar, não tem essa de consumação. Os mais sofisticados apenas exigem um traje adequado, eu fiquei pra fora da balada mais bacana, pois estava de camiseta. Após algumas entradas e saídas, uns drinks, paramos pra ver um jazz ao vivo, mas nada estava tão cheio aquele dia pois era feriado de páscoa, mas em uma noite deu pra curtir jazz, eletrônico, rock, bares, pubs, e uns undergrounds que eu não consegui nem definir direito. No geral foi bem proveitoso o dia, muita caminhada, muitas fotos, muitos lugares diferentes.

O Jovem australiano tem uns costumes meio diferentes, claro. No caso, a diferença que notei de comportamento, basicamente, sendo bem escrachado, curto e grosso. “Brasileiro vai pra balada pra pegar mulher, australiano vai pra balada pra ficar bêbado.” A mulherada do Brasil ia ficar louca aqui, todos loiros, altos, sarados, atletas... e tontos. Dificilmente um cara vai puxar um papo com você, talvez olhar, e com grande chance fazer uma brincadeira idiota. Mas o negócio deles mesmo é beber, ficar bêbado e começar com brincadeiras de rugby, mma e arrumar briga. Todo dia tem briga na rua, na calçada, na saída de boate, sério, parece que os caras aqui saem pra brigar. Mas é fácil evitar, é só não entrar na onda e não passar por perto quando tem um grupinho “animado” demais. Passada a fase da faculdade acho que eles começam a sossegar um pouco, mas os “moleques” aqui tem tudo 1,90 e 95kg, então tem que ficar ligeiro.

As jovens australianas... bom, já disse que “a vida é curta, mas os shorts e saias das australianas...” pois é, e são mesmo, polpa da bunda pra fora no metrô, no mercado, em qualquer lugar. Os "locais" dizem que isso é coisa de GoldCoast, mas em Brisbane eu vi bastante disso também rs...  mas, por outro lado, os biquínis... decepção, parecem a tanga da vovó, se bobear os shorts são mais curtos.  

Na “night” quando vem um grupo de meninas, muitas parecem estar vindo de uma formatura, ou de um casamento, mas tem de tudo.  Aliás, na Austrália tem de tudo mesmo, é uma mistura cultural tão grande que chegou a um ponto que nada é “estranho”. Com esse monte de asiático, europeu e sul-americano se misturando é um grande guarda-roupas bagunçado, cada um veste o que da na telha e é isso aí.

No álbum de Brisbane no meu facebook da pra ter uma noção do que estou falando.
https://www.facebook.com/profile.php?id=100001213518846

Beijos e Abraços. 

Comentários

  1. Gostei muito das informações. Sou brasileira e gostaria de mudar-me para Brisbane. Mas, estou pesquisando bastante antes. Sabe se é muito difícil para uma mulher que fala inglês, com 35 anos, nível avançado conseguir um emprego razoável e decente por aí?

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  2. Estou indo para Brisbane, adorei seu post... Te adicionei no face para ver as foto! Abraço!

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